domingo, 29 de janeiro de 2012

CICLOS DA NATUREZA

Todos os seres vivos, as pessoas atravessam estações: a primavera das novas possibilidades, quando tudo parece excitante e fresco; o verão da realização, quando estamos cheios de energia e criatividade; o outono do desencantamento, quando começamos a perder o interesse; e o inverno frio do descontentamento quando  nos sentimos vazios, com medo de ter perdido o entusiasmo pela vida.Esse é um processo natural que todos nós vivenciamos, mas, por estarmos tão acostumados a nos dissociarmos da natureza, não percebemos esse ciclo. Por isso tentamos permanecer sempre no verão e recorremos a medicamentos, distrações ou a qualquer outro recurso que possa nos impedir de entrar no outono ou no inverno.No entanto, esse ciclo representa o processo de crescimento de qualquer ser vivo, e, se não nos harmonizarmos com cada estação quando ela chega, jamais cresceremos. Pois é somente quando nos desvencilhamos dos nossos velhos costumes, das nossas antigas prioridades e das mesmas preocupações que criamos espaço para o novo. Como qualquer jardineiro sabe, os ciclos da natureza exigem paciência. Você não pode plantar uma semente e esperar que ela floresça no dia seguinte. Você não pode puxar as folhas ou abrir as pétalas do botão para acelerar o desabrochar de uma rosa. Tudo requer tempo. Nós também precisamos de tempo. Quando exercitamos a paciência, nos alinhamos melhora os ritmos naturais da vida. Nós nos lembramos de que "há uma estação para tudo" e deixamos de tentar fazer a vida ser diferente do que é. O inverno dura o tempo que for necessário, mas sempre acaba assim como o verão. Esta é a lei da natureza. O inverno é a época ideal para nos prepararmos para o que virá,  mesmo que ainda não saibamos muito bem o que será.

domingo, 8 de janeiro de 2012

A vida é igual garimpo.




A vida é igual garimpo.
Não se percebe o diamante
numa primeira olhada.
Por ser muito parecido
com o cascalho,
corre o risco
de ser jogado fora.
Cascalhos e diamantes se parecem.

A única diferença é que o diamante
esconde o brilho sob as cascas
que o revestem.

É preciso lapidar.
Pessoas são como diamantes.
Corremos o risco de jogá-las fora
só porque não tivemos
a disposição
de olhá-las para além
de suas cascas.

E então, desperdiçamos
grandes riquezas
no exercício
de alimentar pobrezas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O PODER DA ACEITAÇÃO


Gosto da palavra autocontrole, que para mim, é sinônimo de paciência. Com paciência nos controlamos em vez de nos deixarmos dominar por nossas emoções, temos liberdade interior para escolher como reagir a um determinado acontecimento.
 A paciência é como a quilha de um barco: ela nos permite manter a estabilidade nos mares mais revoltos da vida enquanto continuamos a nos mover na direção que desejamos.
A paciência também nos ajuda a aceitar os obstáculos do caminho e nos permite reagir aos desafios do cotidiano com coragem, força e otimismo. Um negócio perdido, decepções no amor,  uma incapacitação séria e preocupações financeiras são alguns dos problemas que talvez tenhamos de enfrentar ao longo da vida. Ser paciente nessas circunstâncias não significa gostar dos golpes que recebemos, mas reconhecermos que eles fazem parte da vida e que, apesar do sofrimento que provocam, não devemos optar pela amargura, pela vingança ou pelo desespero, e sim arregaçar as mangas e enfrentar o desafio com esperança. A aceitação que vem com a paciência também nos ajuda a compreender os outros, por entender que, como seres humanos, todos temos limitações. A paciência nos dá a capacidade emocional de reagir com bondade e de sentir compaixão.
Ao aceitarmos os outros como são e a vida como ela se apresenta a cada momento, damos provas da nossa força e da nossa beleza interior. É fácil ser tolerante quando tudo está bem. Mas, ao demonstrar paciência quando as coisas não são do jeito que queremos, revelamos a nossa melhor dimensão como seres humanos.