quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Uma triste realidade

Algumas situações que geram polêmica e atitudes condenáveis não são claramente expostas ao povo, gerando conflitos.  E eu me canso de vê-las nos noticiários, em detrimento de tantas outras, mais relevantes. A exposição na mídia agrada aos que se envolvem nesses atos, como alimento substancial.
Estou me referindo à invasão do prédio da USP. E faço alguns questionamentos. Já que os estudantes estão certos da legalidade de seus procedimentos e aspirações, porque escondem o rosto? Porque impedem jornalistas de registrar os fatos? É assim que exercerão suas profissões? É fácil provocar confusões, no anonimato. Eu gostaria de vê-los, um a um, para que a sociedade saiba o que pensam e como se comportam.
Quando começaram a ocorrer crimes no campus, as famílias se desesperaram e o medo se instalou. O espaço é grande e, em meu entender, caberia, realmente, à polícia, exercer, ali, sua atividade, de modo a prevenir novos incidentes. E foi esse o pleito de quem deseja, realmente, estudar e se sentir mais seguro. Foi o pleito das famílias, que não queriam ver seus filhos expostos à violência, dentro da própria universidade. E foi o pleito da USP, na salvaguarda da vida de seus alunos.

E o que aconteceu? A polícia encontra três estudantes em uma atividade "gloriosa", digna de elogios, legalmente permitida, e tenta detê-los. Coitados, não estavam sequer estudando, mas "fumando maconha", muito mais importante que a aquisição de saber. Sendo tão nobre a conduta por eles adotada, mereceu repúdio a atitude policial e outros estudantes se insurgiram contra ela, de forma sensata, jogando pedras e opondo resistência. Como estavam lutando por um Brasil melhor, dentro do campus de uma das grandes universidades brasileiras, rebelaram-se e invadiram o prédio. Enquanto tantos buscam a proteção policial, eles a rejeitam. E usam para isso comportamento elogiável. Impedir o funcionamento normal de uma instituição de ensino. Querem objetivo mais salutar? São esses os caras pintadas que vão às ruas lutar pela adoção de políticas adequadas por parte do governo? São os que defendem os interesses de quem deseja estudar dignamente?
Os grandes líderes estudantis nunca esconderam seus rostos. Queriam ser vistos e ouvidos. Tinham sabedoria para lutar pelos seus e pelos direitos de outrem, expondo-se.  O que pensam os pais desses "desordeiros"?
O Brasil não tem problemas, não enfrenta dificuldades sérias. Os estudantes podem se dar ao luxo de, "às escondidas, cobrindo os rostos", trocarem as aulas pela maconha, sem interferência da polícia. Querem cancelamento de processos administrativos instaurados por outras condutas da natureza. E misturam tudo, demonstrando imaturidade e provocando desgastes desnecessários e interferência do judiciário.
Há muitos defensores dessa invasão, filosofando a propósito de interesses outros, aos quais dão a característica de direito, vestindo-a de procedimento essencial para se vencer algumas batalhas que extrapolam os limites da USP.  Mas não me convenceram.
Continuo vendo tudo isso como uma triste realidade!

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